quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SE SEU NOME NÃO ESTAVA NA LISTA...

No telejornal, a reportagem abordava o tema: “O que fazer quando seu nome não está na lista de aprovados do vestibular?” Os diversos especialistas, todos da esfera didática, aconselhavam que se fizesse um balanço de pontos fortes e fracos e, a partir daí, se traçasse uma estratégia. Os depoimentos de vestibulandos enfatizavam a persistência, a necessidade de mais horas de estudo e menos lazer. Para, então, de uma próxima vez, conseguir o resultado almejado. Indagado pelo repórter acerca de como saber a hora de desistir – como se “a hora de desistir fosse um momento lógico e natural em todo percurso, como se apenas a dúvida consistisse em saber o momento exato de fazê-lo – um professor salientou o quanto era importante saber se este era o “seu sonho”. Se era o “seu sonho”, então que não desistisse.
Bem, a mim me chamou a atenção que não foi mencionada a necessidade de cada um olhar para si mesmo, procurar se conhecer melhor. Será que este jovem que está reincidindo em reprovações, geralmente para o mesmo curso, não estaria precisando fazer uma parada para se questionar um pouco? Permitir-se entrar na zona de conflito neste caso é fundamental... Ainda que nos traga algumas dificuldades. O filósofo Heráclito, ao utilizar a metáfora do rio onde a água nunca é a mesma, já nos mostrava que a vida é movimento constante.
Portanto, se você não foi classificado no vestibular, faça, sim, uma auto-avaliação, onde você foi bem, onde não foi bem, mas vá além disso. Pense o que estava em questão para você naquele vestibular, pense se você já alcançou uma certa clareza sobre quem você é e o que você quer para a sua vida. Digo uma certa clareza, já que estas são as questões que permeiam nossa vida, e em cada fase dela estaremos nos perguntando e nos respondendo de novo. Nunca saberemos o suficiente... Daí porque é de se duvidar de quem não tem dúvida...

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