quinta-feira, 26 de julho de 2012

A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA

Um vídeo sobre informação profissional,com o título "Qual a principal característica que um jornalista deve ter?". Ao assistí-lo, não me surpreendi com a diversidade de respostas dos vários profissionais entrevistados, apesar da promessa indicada no título apontar para a distinção de uma única e principal característica... Fiquei pensando em como nossa tendência simplificadora e carente de respostas que nos apaziguem a angústia frente ao incerto, ao que não conhecemos ou não sabemos como será... Sim, porque por mais que estejamos esclarecidos acerca de uma futura profissão, não há o que nos salve de viver a insegurança frente ao futuro, o medo de "errar", não existe meio de evitar essa condição humana. Viver tem, entre outras conotações, esta de nos arremessar ao incerto, ao duvidoso, ao desconhecido. Inclusive de nós mesmos, já que estamos sempre em movimento, nos transformando, aprendendo,nos surpreendendo.Ainda bem, pode-se dizer... É bem por isso que não existe nem pode existir a tal característica principal de um determinado profissional, seja qual for a profissão. Ainda bem, pode-se dizer, porque é assim que podemos contar, numa mesma área profissional, com uma diversidade de estilos, diferentes técnicas, conduções diferentes, abordagens diversas. Um mesmo profissional, inclusive, em momentos diferentes de sua carreira, terá desempenhos diferentes, e imprimirá à sua técnica o resultado de sua vivência, de seu aprendizado e de suas condições naquele momento. Assim como podemos salientar em cada profissão, tantas características importantes, ou mesmo alguma que a princípio não estivesse aí listada, que, dependendo de como fosse explorada pelo profissional, pudesse se converter numa importante característica... Mais importante do que salientar uma qualidade principal para o desempenho de um papel profissional, me parece, sem dúvida, pensar sobre o que nos leva à identificação com este papel. E sobre a importância de, ao invés de seguir clichês ou lugares-comuns, de nos abrirmos para as possibilidades sempre ricas de vivenciar o exercício profissional de um modo singular, que tem a nossa cara, o nosso jeito.

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