domingo, 14 de março de 2010

O VALOR DO AMANHÃ

O economista e filósofo Eduardo Giannetti, em seu livro O VALOR DO AMANHÃ, da Cia das Letras, utiliza-se dos juros não como categoria econômica, mas serve-se do termo para analisar com muita originalidade e inteligência o embate entre a impulsividade e a atração pelo prazer, por um lado, e os cuidados com o amanhã, garantidos com prudência e ponderação calculistas, por outro.
Nossas escolhas estão inevitavelmente marcadas por essas duas tendências, presente e futuro medindo forças incessantemente na tomada de nossas decisões.
" O desejo incita à ação; a percepção do tempo incita o conflito entre desejos. O animal humano adquiriu a arte de fazer planos e refrear impulsos. Ele aprendeu a antecipar ou retardar o fluxo das coisas de modo a cooptar o tempo como aliado dos seus desígnios e valores.Isto agora ou aquilo depois? Ousar ou guardar-se? São perguntas das quais não se escapa. Mesmo que deixemos de fazê-las, agindo sob a hipnose do hábito ou em estado de "venturosa inconsciência", elas serão respondidas por meio de nossas ações. Das decisões cotidianas ligadas a dieta,saúde e finanças às escolhas profissionais, afetivas e religiosas de longo alcance, as trocas no tempo pontuam a nossa trajetória no mundo."
É com esse texto interessante que Eduardo Giannetti inicia seu livro, que, po sinal, estou lendo e recomendo. A seguir, um vídeo que ilustra muito bem a temática da obra, com a participação do próprio autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário