Pensar na importância do trabalho para a humanidade é pensar na própria origem, na fundação da humanidade. O homem se tornou homem, diferenciando-se de outros animais, modificando a natureza, apropriando-se dela, fabricando instrumentos de trabalho, lá nos primórdios da sua evolução. E foi fazendo sua própria história, trabalhando, se relacionando com os outros, desenvolvendo a linguagem, foi neste processo que o homem se construiu.
Freud, o fundador da Psicanálise, salientou a capacidade de amar e de trabalhar como indícios de saúde emocional. Trabalhar é, pois, desenvolver a própria humanidade, participar na criação do mundo e, como apontou Freud, manter-se saudável.
O homem é fruto de seu contexto histórico, e, ao mesmo tempo, produtor, transformador deste contexto. A realidade do trabalho nas sociedades pré-capitalistas, ou seja, sociedades estamentais da Antiguidade e da Idade Média, era, como tudo o mais, determinado pelos laços de sangue, pela tradição, em contraste com as sociedades
Moderna e Contemporânea, onde, em tese, o homem passa a ser “livre” para escolher. A
escolha profissional, portanto, baseada nas aptidões, habilidades e interesses do indivíduo, bem como o próprio indivíduo, inclusive, são construções relativamente recentes na história do homem.
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